A Fiat definitivamente vai chacoalhar o mercado das picapes a partir desse mês com o lançamento de um produto até então inexistente nos salões das suas concessionárias. Acostumada a liderar os rankings de carros pequenos e médios do país e até das picapes médias, como a Strada, a montadora italiana mostra a que veio e apresenta a TORO, uma baita caminhonete capaz de deixar meio mundo de queixo caído.
Pra começar esquece o que você via na Strada. A Toro é muito maior 4,91 m de comprimento contra 4,69 m da sua concorrente Oroch que em pouco mais de 3 meses já emplacou 4 mil unidades, legal não? Eu começo a falar de um pulo-do-gato bem sacado. O modelo da Fiat inova com a tampa da caçamba bipartida, leve e fácil de abrir, e oferece partida à distância, ativando o ar-condicionado para resfriar o carro que ficou no sol. Que tal você ligar o carro antes, deixar o ar ficar geladinho e depois entrar? Em tempos de calor africano nada mal, não?
Com seus 4,91 metros de comprimento e 2,99 m de distância entre-eixos, a Toro melhora o que já era bom na Oroch em relação às picapes menores: a sensação de quem está dentro, em qualquer dos assentos é de estar num SUV compacto. São 16 cm a mais de entre-eixos que na picape da Renault.
Fomos a concessionária Itália Barra na altura do Pedra de Itaúna e fomos conferir. Tomamos um susto com os valores. Comparando com a Oroch a versão mais cara, Dynamique 2.0, não custa nem perto do valor da versão de entrada da Toro, Freedom 1.8: R$ 72.400, com câmbio manual e motor flex de 148 cv contra os R$ 76.500 do Fiat com câmbio automático de 6 marchas e motor flex de 135 cv. O modelo mais caro da Renault ainda vem com sistema multimídia com tela maior, de 7 polegadas, e GPS. Na Toro básica, Freedom 1.8, a central multimídia é opcional, mas a versão contra-ataca com itens de série citados anteriormente. Ambas as concorrentes têm sensor de estacionamento, piloto automático e comandos no volante.
Bom, analisando melhor o acabamento e as linhas da FIAT são muito mais bonitas e como o carro saiu direto da prancheta não tem nada parecido com os demais carros da marca, ao contrário da Oroch que tem um quê de Duster.
A Fiat tem a meta ambiciosa de vender 50 mil unidades da Toro em 1 ano, uma média de 4,1 mil por mês, a metade da performance mensal da Strada em 2015, segundo dados da federação dos concessionários (Fenabrave) mas bem acima do desempenho de todas as picapes médias e grandes do mercado brasileiro. A Toro também será exportada para países da América Latina.
Agora, quem tem pra gastar vai curtir a linha Volcano. O motor 2.0 é turbodiesel, de 170 cavalos com as relações do câmbio de 9 marchas. O torque máximo é de 35,7 kgfm já entregue a 1.750 rotações por minuto, mas a resposta nas saídas é um pouco demorada, segundo testes feito pela Autoesporte.
O acabamento imita couro nas portas, bancos e volantes e essa versão sai a R$ 116,5 mil com tração 4×4 e equipada com a mesma central multimídia do Renegade, Uconnect, com tela colorida de 5 polegadas e sensível ao toque (opcional nas demais versões, exceto a série especial Open Edition, onde está incluída), com câmera de ré.
