Quem mora na região já percebeu a invasão de motos com escapamentos abertos e alguém com cara de feliz em cima de uma Harley Davidson. A oferta de crédito, preço acessível e o sonho em ter uma lendária motocicleta americana na garagem tem feito a cabeça de muitos , principalmente , na faixa dos 40/ 60 anos. Única concessionária no estado, a Rio Harley Davidson administrada pelo grupo Abolição tem vendido , em media, 100 motos por mês. Em setembro chegou a bater o recorde de 103 unidades vendidas. Não é à toa que quando se está na imensa loja na Avenida das Américas um sino é tocado, sinal de que mais uma motocicleta foi vendida.
O mimo ainda é para poucos. Os preços variam da motocicleta Iron , modelo de entrada que sai R$ 32.900 ou uma Ultra limited com todos os acessórios que podem chegar a 130 mil reais, mas parte de cerca de R$ 82 mil, segundo informações do site da marca. Aos sábados existe um café da manhã bem ao estilo colonial onde os amantes da marca trocam experiências e falam de customização. E esse evento acontece no mundo inteiro independente do continente, apenas respeitando os costumes locais. Enquanto por aqui, croissants, baguetes e sucos são servidos , em Orlando por exemplo, cachorros quentes e hamburgueres ficam à disposição no pátio, sem falar na oferta de cervejas locais, mas sem reposição. Acabou, acabou. A intenção é confraternizar. Não raro alguém não sai com uma bolsa ou acessório de baixo do braço. Fornecido pela padaria Alpha Belle no Recreio, centenas de pães e salgados saem de 8 h ao meio -dia chegando a causar um certo tumulto na avenida pela grande quantidade de motos. É tanta moto que não há espaço suficiente em frente a loja e algumas motos acabam estacionamento ao longo da vida. O aposentado Emílio sai de Guapimirim, região serrana do Estado com seu filho de mesmo nome a cada 15 dias só para estar na concessionária. Participante do moto-clube SOS Solitários do Asfalto, Sr Emílio, de 57 anos, era só orgulho em falar de sua nova aquisição
__”Tira foto minha aqui , mas a moto tá aparecendo legal não tá?”, comentou o policial que trocou recentemente uma Dyna para uma Electra, outros modelos da marca.
__”Agora dá para viajar com mais conforto”, completou.
Uma moto igual a do Sr. Emílio custa em media 80 mil reais.
O empresário Paulo Sergio sai todos os sábados de Vila da Penha só participar do encontro:
__” Eu amo a marca, sua história e seu espírito. Já homenageei esse mundo com uma tatuagem que acabei de fazer”, completou o proprietário de uma FAT BOY 2010. Da loja sempre partem passeios ofertados pelo grupo do H.O.G.(Harley Owners Group – proprietários de Harley) ou por grupos paralelos, geralmente com distância de no máximo 200 km. Uma vez por mês, acontecem shows de rock. Todo sábado tem o café da manhã até para quem não tem duas rodas e a loja avisa que está aberto a todos. O site da marca é http://www.harley-davidson.com