Auto News

A cartada da Jac motors

Auto News - abril de 2016

A alta do dólar e o super IPI nos carros importados e falta de confiança do consumidor pela marca chinesa levaram a JAC a rever suas ações nos últimos dois anos. Porém, uma espécie de carta na manga vai ser lançada na mesa com o lançamento do T5, nova aposta da montadora que desta vez traz um carro nacional, montado em Camaçari, na Bahia. O compacto T5 Crossover mostra o amadurecimento da marca e parte de R$ 59.900, valor que chega a R$ 64.900 no modelo completo avaliado. Bom, né? Seguindo essa linha de preço vem concorrer diretamente com Ecosoport, da Ford. Com 4,32 metros de comprimento, o T5 é muito maior que o EcoSport e seus 4,23 m – sem o estepe, o Ford é bem menor. O entre-eixos de 2,56 metros basta para levar cinco adultos com alguma folga para cabeças e pernas, até mesmo do passageiro central traseiro, graças ao túnel central baixo e ao console central pouco recuado. Há cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos. Não foi possível medir a capacidade do porta-malas, declarada em 600 litros pela JAC. O compartimento é atrapalhado apenas pelas pequenas caixas de roda, com acesso facilitado pela borda baixa. A central multimídia tem tela de oito polegadas, além de tecnologias como o espelhamento de celulares e respostas rápidas. Tem também bluetooth de áudio no celular. A direção é elétrica e os pneus são Giti Comfort 205/55 R16.

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O motor é 1.5 16V flex de 127 cv e 15,7 kgfm a 4.000 rpm e possui comando variável de válvulas para dar uma força antes dos 2 mil giros. No zero a 100 km/h, foram gastos 12,7 s, contra 11,5 s do Eco 1.6. Já basta para superar os 13,3 s do Renault Duster 1.6. Com isso, a retomada de 60 a 100 km/h leva 12,9 s, segundo testes da revista Autoesporte. Na mesma matéria, diz que o câmbio manual de seis marchas é preciso, o que pega é o barulho a cada mudança. O repórter Julio Cabral informa também que ao rodar pelas ladeiras paulistanas, o fôlego do 1.5 mostrou-se limitado e que tentando dar partida em rampas mais íngrimes achou difícil vencer a inércia. O que chamou a atenção foi no quesito autonomia já que marcaram 6,8 km/l de etanol na cidade e 8,2 km/l na estrada, números próximos do Tucson e longe do Honda HR-V.

HR-V.
Aí vem a pergunta , vale à pena? Pelo custo- benifício na matéria diz que sim e aprovo embaixo. Levando-se em conta pelo pacote, que inclui ar-condicionado digital, direção elétrica, bancos de couro e controles de estabilidade e de tração, além de luzes de rodagem diurnas e central multimídia, acrescentados no pacote top, vale.
Se você faz questão de câmbio automático, o CVT virá apenas no segundo semestre, pouco antes do T5 ser nacionalizado. O preço ficará em torno de R$ 72 mil. O problema posterior é a revenda que em média se perde 20 a 30 % em 2 anos . Mas em tempos de crise e andar com cheirinho de novo e com tecnologia embarcada na média, acho até justo, lembrando que o Ecosport mais barato sai por R$ 67 mil na versão SE 1.6 e o Duster Expression 1.6 parte de R$ 65.500, ambos bem menos equipados.
Intermediário em desempenho, o JAC deve apenas um ajuste fino na suspensão. Um pecadinho que poderia ser resolvido no nacional, até para ajudar a JAC a atingir a meta de vender entre 200 e 400 carros por mês.
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