Esse mês nossa capa é o cantor Diogo Nogueira que possui uma das 3 CVOs Breakout que foram lançadas no Rio. Isso também nos motivou a escrever sobre o mais novo lançamento (nem tão novo assim, já que foi anunciada no fim do ano passado), a LOW RIDER. Esse modelo que surgiu em 1977 se tornou um clássico. Montada também em Manaus, a moto é tabelada a R$ 46.600 e, como faz parte da família Dyna, traz motor de dois cilindros em V e 1.585 cm3 que gera 12 mkgf. O câmbio é de seis marchas, comum nessas motos. Entre os destaques está a possibilidade de regulagem do guidom em até 6,1 centímetros, o que facilita a missão de encontrar a melhor posição de pilotagem. Quem tem braços curtos, por exemplo, também consegue guiá-la com conforto.
É fácil colocar os pés no chão, pois a Low Rider é mais baixa que as demais Harleys e as pernas ficam posicionadas em ângulo de até 90 graus graças à posição das pedaleiras. Elas, porém, ficam muito próximas do chão, o que reduz a capacidade de deitar em curvas. As Fats e Irons também são assim.
Sem balanceiros – contrapesos cuja função é reduzir a vibração – o motor em V oscila excessivamente em marcha lenta e também nas acelerações. Nada espantoso já que é da família das Dynas. Mesmo com coxins na fixação do bloco, essa sensação é transferida para o chassi e incomoda quem está sobre a moto. Mas já falei com vários parceiros que tem Dyna e é uma questão de costume, porque o entre-eixos curto com motor possante faz dela um canhãozinho na estrada. As trocas de marcha são pouco sutis e o câmbio exige força nos engates. Mas não se desesperem! As Harleys são assim. Eu tenho uma FAt , vindo de uma 883 R.
E como quem compra uma harley quer customizá-la e modificá-la, essa LOW RIDER é um prato feito, ficando na segunda posição das modificações depois das 883. Como ela vem peladinha de fábrica(uma tendência) dá para colocar guidão seca-suvaco(ape hanger), pedaleiras avançadas, sissy-bar, além de tampas de primária, filtros e de tanque. As rodas são raiadas (uns gostam outros não por causa da dificuldade de limpeza) e suspensão é bi-schock, ou seja, dependendo do peso do carona, bate um pouco. O escapamento é o two-in-one e os freios com discos duplos na dianteira, e simples na traseira. Têm ABS e são eficientes quando exigidos. O visual é clássico, com profusão de cromados no motor, garfos da suspensão, rodas e escapamento. Você vai se sentir literalmente nos anos 70 numa máquina com coração do segundo milênio.