Alimento Industrializado: Do mal e do bem

Coluna do Bem - novembro de 2017

Os alimentos orgânicos continuam a ganhar espaço, mas é difícil imaginar a vida sem os produtos industrializados, mais práticos e baratos. Vários ingredientes desses alimentos, porém, confundem o consumidor. Vamos citar alguns: O citrato de sódio, por exemplo está presente no leite em caixinha, como estabilizante. Por sua vez, o fosfato tricálcico é usado em refrescos e sopas em pó, para evitar a presença de umidade. Já o benzoato de sódio serve como conservante em margarinas, molhos e sucos.
A INDÚSTRIA DE ALIMENTOS defende esses aditivos utilizados, em geral para aumentar a durabilidade do produto na prateleira, melhorar a aparência (como sabor, cor e odor), evitar reações provocadas pelo meio ambiente e por bactérias (conservando-os por mais tempo) ou facilitar algumas etapas da produção industrial, Ou seja, torná-lo mais atrativo e prático para o consumidor. Entre os mais usados destacam-se os corantes, que podem ser naturais, como o cúrcuma, ou artificiais, como tartrazina (aparece nos rótulos como a sigla E102), sendo utilizados em refrigerantes e doces para dar a cor dos sabores que imitam, por exemplo. Merecem ser mencionados ainda: os espessantes, que também surgem muitas vezes em forma de siglas (como o INS 466) e são empregados para engrossar caldos e tornar mais viscosos produtos como geleias e cremes; e os conservantes, como o benzoato de sódio e o ácido sórbico, cuja função é evitar a ação de microrganismos que podem deteriorar os alimentos, fazendo com que percam as suas características ou até mesmo se estraguem.
Pesquisadores da saúde apontam como danos causados por esses aditivos, palavras ainda mais amedrontadoras: hipoglicemia, diarreia, diabetes, candidíase, alergias e até mesmo distúrbios no comportamento. Os conservantes, por exemplo, são tidos por muitos como os grandes vilões da alimentação industrial, por terem ação bactericida e serem frequentemente associados a doenças como o câncer.
MAS CALMA. Não podemos julgá-los apenas pelo palavrão que parecem ser, e sim pelo que servem e o que realmente provocam ou podemos cair na armadilha de condenar o cloreto de sódio, que nada mais é que o nosso velho conhecido sal de cozinha. Aliás, esse é um bom exemplo para começarmos a refletir, pois ele toca num ponto importante e frequente na discussão sobre produtos industrializados: a quantidade.
No Brasil, existe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde que é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar a utilização desses aditivos. “Tudo é química. O sal de cozinha é o NaCl bastante utilizado em nossa alimentação, mas que pode colaborar como uma das principais causas de hipertensão. Ingerir ALIMENTOS como esses é muitas vezes necessário, mas a pessoa precisa ter controle quando for comprá-los e consumi-los, uma vez que o efeito pode ser cumulativo e prejudicial à saúde.tivo e prejudicial à saúde. Os nitratos que, por meio de ação microbiana ou no estômago, podem se transformar em nitritos. O nitrito se une à amina (composto derivado da amônia presente no organismo) e forma as nitrosaminas, que são potencialmente cancerígenas. São encontrados em conservantes de alimentos como os embutidos e utilizados também para dar a cor vermelha a carnes. Mortadelas e salsichas podem conter nitrato.  A gordura vegetal hidrogenada, conhecida hoje em dia como gordura trans e usada para dar mais consistência aos alimentos industrializados, como biscoitos recheados e sorvetes, além de prolongar a sua vida útil. Em contrapartida, aumenta o risco de surgimento de doenças como hipertensão arterial. Em meio a esse jogo de verdades, é realmente muito difícil chegar a uma conclusão. Mesmo as pesquisas científicas são capazes de nos colocar em dúvida sobre o que é danoso e o que é saudável nessa nossa vida apressada, cheia de contradições. Além disso, basta lembrar que mesmo a ciência não é estática e está sempre em evolução – no caso dos alimentos, um exemplo “clássico” é o do azeite, que já foi tido como grande vilão, mas hoje é considerado um sinônimo de saúde.

Os nitratos que, por meio de ação microbiana ou no estômago, pode se transformar em nitritos. O nitrito se une à amina (composto derivado da amônia presente no organismo) e forma as nitrosaminas, que são potencialmente cancerígenas. São encontrados em conservantes de alimentos como os embutidos e utilizados também para dar a cor vermelha a carnes. Mortadelas e salsichas podem conter nitrato.

A gordura vegetal hidrogenada, conhecida hoje em dia como gordura trans e usada para dar mais consistência aos alimentos industrializados, como biscoitos recheados e sorvetes, além de prolongar a sua vida útil. Em contrapartida, aumenta o risco de surgimento de doenças como hipertensão arterial.

Em meio a esse jogo de verdades, é realmente muito difícil chegar a uma conclusão. Mesmo as pesquisas científicas são capazes de nos colocar em dúvida sobre o que é danoso e o que é saudável nessa nossa vida apressada, cheia de contradições. Além disso, basta lembrar que mesmo a ciência não é estática e está sempre em evolução – no caso dos alimentos, um exemplo “clássico” é o do azeite, que já foi tido como grande vilão, mas hoje é considerado um sinônimo de saúde.

Outro caso, mais atual, é o da sacarina: antes crucificada pelos danos que lhe eram atribuídos, ela vem sendo absolvida por novos estudos que revelam que esse tipo de adoçante artificial, quando adicionado à dieta em baixas concentrações, não é um fator de risco relevante para o desenvolvimento de cânceres. Os ovos, por sua vez, que foram vilões por muito tempo, também aparecem em novas pesquisas como alimento rico e saudável, desde que, obviamente, não estejam embebidos em óleo quente.

Em contra partida, segue alguns exemplos de alimentos industrializados bem honestos.

1 – All-Bran Biscuits (Kellogg’s) – É verdade que os biscoitinhos são sempre tidos como alimentos que devemos ter cuidado, por atrasarem os ganhos. Esses biscoitos, além de serem muito gostosos (em especial o de chocolate!), contêm fibras, o que torna a absorção mais lenta, interessante para quem quer perder peso, e razoável quantidade de proteína (3g para um biscoito é bastante). Saciam a vontade de comer doces e podem ser consumidos no intervalo entre as principais refeições.

2 – Iogurte Lacfree (Verde Campo) – Existe uma gama enorme de iogurtes, a ponto de não sabermos exatamente qual escolher na hora da compra. Alguns são pobres em nutrientes, por conterem apenas açúcares e mais nada. Indico este por ser um dos que mais têm proteína (6,2g), tem pouco carboidrato (9,2g em 200g do iogurte), não contém lactose (que é muito inflamatória) e nem mesmo adição de açúcar. Outro ponto positivo é que o pote contém 200g, então alimenta bem e a pessoa não fica morrendo de fome logo em seguida. É interessante adicionar algum cereal ao iogurte e consumi-lo de lanche.

3 – Bebida láctea Molico – linha Fast (Nestlé) – Um ponto forte dela, como o próprio nome sugere, é que é super rápida de ser consumida. E tem bastante proteína (7,3g em 280 ml), e também é rica em fibras (22% das necessidades diárias). Tem aproximadamente 50% das necessidades de cálcio e vitamina D na porção. Proporciona mais saciedade do que iogurtes tradicionais. E, pode-se acrescentar linhaça, chia e fibra de maracujá na hora de tomá-la. A bebida mascara o gosto das farinhas para quem não gosta do sabor delas com outros alimentos.

4 – Barra de cereal Hart’s Natural – É uma barrinha funcional, porque contém ingredientes naturais e que fazem bem à saúde, como aveia, uva passa, semente de girassol, gergelim, amêndoas, etc. Tem pouquíssima quantidade de sódio, excelente para quem quer ficar longe dos alimentos que retêm líquido e provocam celulite.

5 – Barra de Proteína – Whey Bar (Probiótica) – Tem uma vantagem sobre as barras tradicionais de cereal, que é justamente a alta quantidade de proteína que contém (16g), e baixa quantia de carboidrato (9g). Deixa a pessoa satisfeita por algumas horas. Auxilia quem tem o objetivo de aumento ou definição da musculatura. E, comparada com outras barras de proteína, possui menos sódio e gorduras. Pode ser consumida em qualquer momento do dia em que bater aquela fome. 

6 – Chocolate Fitfibras (Fibrax) – É um “chocolate – biscoito”, outro delicioso integrante do grupo dos industrializados do bem. Possui chocolate amargo 50% cacau, farelo de trigo, gordura de palma, farinha integral, castanha de caju, fibra de beterraba e aveia em flocos. É rico, então, em gorduras boas e fibras solúveis e insolúveis. Substitui perfeitamente um chocolate tradicional (que contenha apenas gordura hidrogenada e açúcar). Pode ser utilizado até mesmo como uma sobremesa.

7 – Sardinha, atum e salmão enlatados (qualquer marca) – São os “enlatados do bem”, já que contêm basicamente proteínas e gorduras boas. São excelentes para um almoço ou jantar, naqueles dias em que você estiver cansado para fazer uma preparação mais elaborada. Irão ajudar você a se manter na dieta.

8 – Pão de centeio (Vital) – É rico em fibras e proteínas, e tem como ingrediente principal a farinha integral de centeio. Proporciona muita saciedade e pode ser consumido como sanduíche no café da manhã ou lanche da tarde.

9 – Cookies (Good Soy) – É composto por farinha de soja integral, proteína de soja, açúcar mascavo, ovos e gotas de chocolate meio amargo. Pode ser consumido nos intervalos, pois contém pouco carboidrato e gorduras.

Os Industrializados, para serem do bem, não precisam conter poucas calorias ou serem light ou diet. Eles precisam ser alimentos funcionais que saciam o apetite e que possuam propriedades que possam nutrir você, desta forma o metabolismo estará sempre ativo e queimando gorduras.


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