Pratos Típicos da Festa Junina
Diversos pratos típicos fazem parte da festa junina: canjica, bolo de milho, cocada, pé de moleque, doce de abóbora, batata doce, quentão, vinho quente, dentre outros. Embora a maioria destas preparações possua elevado valor calórico, devido ao conteúdo de açúcar, gordura ou álcool, muitas delas possuem ingredientes que oferecem nutrientes e propriedades importantes para o organismo, como pode ser conferido abaixo:
Milho: cereal originário da América, muito utilizado na alimentação humana sob as mais variadas formas: cozido na espiga, refogado, como pipoca, em pratos salgados (polentas, cuscuz) ou doces (curau, pamonha, mingau, canjica). Rica fonte de carboidrato, principal combustível para gerar energia, e fibras, essencial para o bom funcionamento intestinal e prevenção do câncer do intestino. Além disso, o milho contém vitaminas A, do complexo B e numerosos minerais: cálcio, fósforo, magnésio, cloro, enxofre, potássio e ferro.
Coco: é riquíssimo em duas gorduras – o ácido láurico e o monolauril –, que têm tudo a ver com um corpo mais esbelto. De rápida digestão, elas não ficam estocadas nas células. Ao contrário, servem de combustível para gerar energia, evitando assim que se transformem em pneus. “Essa dupla reduz o percentual de gordura corporal porque os triglicerídios de cadeia média, caso do ácido láurico e do monolauril, favorecem a oxidação de ácidos graxos e a sua utilização como fonte de energia. O ácido láurico e o monolauril também regulam o funcionamento da tireóide, acelerando o metabolismo orgânico, o que facilita o emagrecimento. Como se não bastasse, têm uma ação antiinflamatória a nível celular. “Eles aumentam a produção de substâncias protetoras e, ao mesmo tempo, diminuem as concentrações de outras pró-inflamatórias. E isso dá uma grande ajuda no emagrecimento, porque obesidade e sobrepeso são decorrentes de desequilíbrios inflamatórios. Apesar de a água-de-coco ser muito usada por quem vive de olho na balança, ela não interfere significativamente na perda de peso justamente por não ser rica nessas gorduras do bem. Mas, claro, a bebida é válida como um refresco leve e nutritivo.
Amendoim: Em média, há 30% de proteínas nas sementes. Já o óleo contém cerca de 50%. Por ser uma das fontes vegetais com maior quantidade de proteína, o amendoim consegue amenizar a carência das fontes animais em regiões pobres, onde a carne é pouco consumida. Também é uma excelente fonte de vitamina E.
Os cientistas estudaram a quantidade de antioxidantes, que protegem as células contra danos que podem ocasionar câncer e doença cardíaca, de 12 variedades diferentes de amendoim. O que eles descobriram foi que o amendoim tem uma quantidade de antioxidantes tão grande quanto a maioria das frutas, como por exemplo o morango.
Abóbora: tem pouquíssimas calorias (cada 100g = 40cal.). Contém fibras, é rica em carboidratos e tem baixo teor de gordura. O fruto é muito rico em betacaroteno, um precursor da vitamina A, e apresenta um bom teor de vitamina C (½xícara de abóbora assada ou cozida na sua própria água, fornece 45% das nossas necessidades diárias de vitamina A e 15% de vitamina C).
Batata-doce: Vegetal originário provavelmente da Índia e do qual existem diversas variedades. Além de ser boa fonte de carboidratos e fibras, contém numerosos minerais, como: cálcio, fósforo, sódio, magnésio, cloro, enxofre, potássio e ferro. As variedades roxa e amarela, também são boas fontes de vitamina A, que desempenha um papel essencial na visão.
Gengibre: originário da Ásia é conhecido e apreciado na Europa há cerca de 2000 anos. Seu rizoma (impropriamente considerado como raiz) pode ser apreciado puro (em pedacinhos misturados a verduras e legumes), em conserva (à maneira japonesa), ou utilizado no preparo de numerosos doces e bebidas como o quentão, muito apreciado nas festas juninas. Além disso, entra na composição do famoso curry indiano. O gengibre tem ação antiflatulenta, digestiva e estimulante do apetite.
Pinhão: geralmente consumido cozido, oferece boas quantidades de carboidrato, fibra e minerais como cálcio, fósforo, potássio e magnésio, todos importantes para o desempenho de funções essenciais do corpo, como o equilíbrio hídrico e energético.
Vinho tinto: como resultado da fermentação da uva, o vinho tem em torno de 11 a 12% de álcool etílico, devendo assim ser consumido com moderação. Além de vitaminas do complexo B, minerais, catequinas e flavonóides, estes que, possuem atividade anti-câncer, vasodilatadora, antiinflamatória e antioxidante.
Carolina Liberato