Não A OBESIDADE!

Coluna do Bem - setembro de 2013

 

NÃO A OBESIDADE

Antigamente crianças gordinhas era a alegria das vovós. A criança bochechuda era sinônimo de criança saudável e feliz. De certa forma, havia lógica nesse conceito, mesmo que inconsciente. Numa época em que não existiam antibióticos, crianças mais gordinhas resistiam melhor aos processos infecciosos na infância. Acreditava-se que a criança gordinha era uma criança bem nutrida. Doce ilusão: até porque frutas, legumes, verduras, carnes magras, ovos, cereais e leguminosas, que deveria ser a base alimentar de uma criança na primeira infância, nutrem, mas não engordam!
Hoje, a obesidade infantil transformou-se num problema sério de saúde, numa epidemia que se alastra e já atinge parte expressiva da população nessa faixa de idade. Como pode? Uma “doença não contagiosa” ser nomeada de epidemia? As causas são muitas, mas pesam os hábitos alimentares baseados no fast food, salgadinhos e guloseimas e as horas passadas em frente da televisão ou jogando videogame, ou seja, erros clássicos na alimentação com a falta da atividade física. Eu particularmente chamaria de easy food, com a praticidade da vida moderna, as crianças em casa, na grande maioria estão se alimentando de saquinhos, pacotinhos, latinhas e potinhos. Tudo muito industrializado, com muito aditivos químicos que aumentam a palatabilidade com altas doses de açúcares e gorduras.
A preocupação não é com a estética. Muitas crianças com excesso de peso apresentam alterações nos níveis de colesterol, são descriminadas pelos companheiros e alvo de brincadeiras de mau gosto.
O controle da obesidade infantil começa em casa, com refeições balanceadas, estímulo à atividade física e mudança dos alimentares de toda a família.

A população antenada está voltada para a questão da obesidade. Nós, envolvidos com a área da saúde  educação, estamos trabalhando para a mudança dos hábitos de crianças principalmente na primeira infância, mas a atuação dos responsáveis é fundamental nesse processo. Juntos conseguiremos alcançar o nosso objetivo: seres fortes com um bom poder de escolha em prol de uma vida saudável e feliz.

Carolina Liberato

 


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