Pra você entender melhor…No mundo da química as substâncias, quando dissolvidas em meio aquoso, classificam-se como ácidas ou alcalinas. Substâncias ou meios ácidos são aqueles com excesso de carga positiva, e alcalinos são aqueles com excesso de carga negativa. Para simplificar, os químicos usam uma unidade de medida desta acidez ou alcalinidade que chamamos de PH.
Observe os pHs que variam de zero a 14:
pH = 0 indica o máximo de acidez ou carga positiva;
pH = 7,00 indica a neutralidade;
pH = 14; significa o máximo de alcalinidade ou carga negativa.
Nossos líquidos corporais – linfa, sangue e líquido crânio-sacral – representam cerca de 65% da massa total de um corpo adulto e o sangue, pelas suas funções de grande transportador, mediador, solvente, provedor e agente de ligação entre os órgãos e tecidos é o mais importante. A faixa ideal de pH do sangue humano está entre 7,36 a 7,42; portanto, levemente
alcalino.
A qualidade de vida de uma célula está diretamente relacionada ao pH do sangue que a irriga continuamente, isso quer dizer que o sangue, o líquido no qual a célula está mergulhada, tem de ser mantido constantemente com o pH ideal: entre
7,36 – 7,42. Qualquer diminuição no pH do sangue, que é a situação mais comum em nossa sociedade, irá refletir-se na qualidade das células, ou seja, células com vida mais curta e, necessariamente, envelhecidas. A causa mais típica desta situação metabólica é a ingestão frequente de alimentos que acidificam rapidamente o sangue: açúcar branco, farinha branca, carnes (principalmente a vermelha e a de suínos), frituras, alimentos aditivados pelo progresso industrial, alimentos instantâneos,congelados ou excessivamente cozidos, bebidas gasosas, etc. Enfim, tudo aquilo que conhecemos como alimentos de natureza biocida (bio = vida + cida = mata), ou seja, alimentos que matam a vida. Estes alimentos são os grandes protagonistas para acelerar o processo de envelhecimento, a baixa vitalidade e produtividade, os desequilíbrios emocionais e, finalmente, as doenças.
Que alimentos e atitudes alcalinizam o sangue?
Os mais potentes modificadores do pH dos nossos líquidos corporais, funcionando como instrumentos de manutenção da saúde celular, são os sais minerais que alcalinizam ou acidificam, conforme a necessidade do organismo. Os sais de cálcio, zinco, ferro, magnésio, sódio, potássio e manganês são predominantemente alcalinizantes e atuam como elementos energizantes e neutralizadores. Já os sais que contêm fósforo, enxofre, cloro, iodo, bromo, flúor, cobre e sílica são agentes mais acidificantes. Todos eles são necessários à saúde humana, mas precisam estar em equilíbrio para que o pH resultante seja, como vimos, levemente alcalino.
As frutas frescas, os legumes e as hortaliças (principalmente os orgânicos) quando ingeridos crus – por seu elevado teor de sais minerais, vitalidade, água e fibras – são exatamente os alimentos mais alcalinizantes à nossa disposição. Entretanto, o limão é incomparável. Seu potencial de alcalinizar o sangue humano acontece imediatamente após sua ingestão. Interessante que ele apresenta um sabor ácido, mas não se engane, ele mal alcança o estômago e já está afetando os líquidos corporais, combinando-se com os minerais alcalinizantes. O ácido cítrico do limão, transformado no organismo em citrato de sódio (sal alcalino), carbonatos e bicarbonatos alcalinos, causa imediata alcalinização do meio humoral, neutralizando ou amenizando estados indesejados de acidez. Em paralelo, o limão, com todos os seus demais componentes, fortalece o sistema imunológico, retarda o envelhecimento precoce, bloqueia radicais livres, oferecendo assim proteção contra o câncer e demais doenças.
Que alimentos evitar?
De modo semelhante ao açúcar, são igualmente acidificantes todas as gorduras e óleos hidrogenados (cuidado com as margarinas ou qualquer outra gordura hidrogenada embutida em todos os alimentos industrializados), alimentos refinados, sintéticos e aditivados com modificadores químicos.
Todas as carnes são fortes agentes acidificantes do sangue, pois necessitam de ácido clorídrico para a sua difícil digestão no organismo humano.