Vinhos, doces e aromáticos.
Os iniciantes no vinho quase sempre preferem ou começam tomando vinhos doces. Para os paladares ainda não habituados ao tanino, acidez e outras sensações proporcionadas pelos vinhos secos, o açúcar é um aliado que amacia a presença na boca e traz sensações familiares, similares aos sucos e refrigerantes. Porém, os vinhos doces constituem um grupo especial, destinado a acompanhar pratos doces, geralmente as sobremesas, ou em brindes e festas com serviço de doces e bombons. Acompanhando frutas frescas ou cristalizadas formam um elegante par, para manhãs divertidas na praia ou na piscina. Em sobremesas, combine vinhos doces aromáticos com tortas e bolos com frutas e creme, numa perfeita tentação gastronômica rica, diferente e bastante divertida !
Espumantes -Moscatel Elaborados pelo método Asti um produto típico do norte da Itália, que explora todo o traço aromático da uva Moscatel. Apesar de serem espumantes, são produzidos em uma única fermentação, repousando em baixas temperaturas para concentrar todo o potencial aromático. O açúcar dessses espumantes é natural, vindo da propria uva graças à interrupção da fermentação em meio ao processo.
Essa técnica também cria um outro característico desses vinhos: baixo teor alcóolico, entre 6 e 8 graus. Por isso é uma bebida leve, saborosa e informal, agradando bastante ao público feminino (sem preconceitos !) Vinhos doces ou suaves ? Muito importante explicar a diferença. Vinhos doces podem ser produzidos por dois métodos:
1 – usar o açúcar natural da uva, interrompendo a fermentação antes de seu término. Nessa caso, são chamados de vinhos doces naturais, vinhos licorosos ou de sobremesa. Diversas técnicas são utilizadas nos vinhedos para essa finalidade.
2 – Adicionar açúcar após o final da fermentação, “adoçando” o vinho. Nesse caso temos os vinhos ditos suaves. Os resultados são diferentes, pois o açúcar natural da uva é mais delicado e rico, preservando-se aromas naturais no processo. os vinhos suaves são apenas vinhos secos adoçados artificialmente, podendo ter alguma parcela de açúcar natural.
Vinhos Aromáticos
Por definição, uvas aromáticas são aquelas que passam aos vinhos os aromas e sabores presentes na uva, o que não acontece com a maioria das variedades. As mais difundidas variedades aromáticas são a Moscatel, a Gewürztraminer e a Malvasia. A Moscatel é muito famosa por sua presença nos espumantes tipo Asti e nos vinhos de sobremesa europeus, os Muscats (FR) e Moscatos (IT) sendo os mais difundidos. Os vinhos produzidos com essas variedades são marcados pelo traço aromático, situado entre flores e frutas delicadas.
Quando e como beber:
Estes vinhos devem ser bebidos jovens e frescos. São parceiros ideais para o Verão, embora possam e devam ser consumidos durante todo o ano, como aperitivos, saladas e pratos de peixe e marisco. Também acompanham bem cozinha sul-asiática.
A regra geral para harmonizar os vinhos licorosos com sobremesas é que o doce no prato não seja mais açucarado que o vinho no copo. Doces muito potentes e untuosos, como o chocolate, costumam suplantar os vinhos. Problema para nós, brasileiros, herdeiros da tradição portuguesa de sobremesas dulcíssimas, doces conventuais, à base de gemas (às claras era reservado o nobre destino de engomar as batas e clarificar o vinho).
Otimo mês e ótimos vinhos,
Um grande abraço Alex Passos. Escreva para mim pelo jornaldorecreio@gmail.com