Quando comecei a ler a edição de Outubro , vi que na sessão Miam Miam, o jornal falaria do Cevada’s, bar novo que deu lugar ao Buxixo, quase chegando no Recreio Shopping, daí pensei: vamos falar de cerveja? Vamos. Só que vamos viajar pelos países do mundo bebendo uma gelada. Cada rótulo de um país, esconde uma região, uma cultura, uma família. E mesmo que tentemos beber cervejas encorpadas, as chamadas, Ale, com alto teor alcoólico, acabamos nos entregando as pielsens. Quem gosta de apreciar, degustar cervejas de outros países, não dá para ficar bebendo com a mesma sede que você bebe num bar. Mesmo porque elas custam muito mais e bolso vai pesar.
Embora as cervejas de mesma classificação apresentem variações de marca para marca, elas são produzidas seguindo basicamente o mesmo processo de fabricação. Em grandes empresas o malte é recebido à granel a partir de caminhões e armazenado em silos(tanques). Existe a moagem do Malte (para liberar o amido). Isso a grosso modo, tá? Tem o processo de Mosturação que é o malte moído nos tanques e que são misturados a água e fervidos a quase 72 graus para a liberação de enzimas, complicado? Daí, vem a filtragem, fervura novamente e trocam de tanques para se adicionar o lúpulo. Essa mistura é fervida por volta de 30min. Durante esse intervalo, ocorre a extração e isomerizaçào de alguns óleos essenciais extraídos do lúpulo. Resfria-se e quando se começa o processo de fermentação onde as leveduras irão consumir os açúcares fermentiscíveis e irão se reproduzir e além disso, irão produzir álcool e dióxido de carbono e também alguns ésteres, ácidos e álcoois superiores que irão transmitir propriedades à cerveja. Isso em tanque fechado, revestidos por uma camisa externa que permite a passagem de fluído refrigerante (amônia ou etileno glicol) para manter o sistema na temperatura desejada de filtração que pode variar de 10 a 25 C . Isso tudo, tá aqui resumido e vi na antiga Dado Beer no Downtown e que o Galeria Gourmet permaneceu fazendo a sua cerveja toda terça-feira por anos.
Bom, fui recentemente a dois lugares que podem saciar a sua vontade de conhecer novos rótulos. A Mondo Vinno, que fica na rua atrás do Zona Sul, na Rua Nelson Tarquino e a Mr Beer, quiosque muito simpático no Rio Design Barra. Na Mondo Vino vimos que eles tem lá cerca de 15 rótulos de cervejas entre Brasil, Argentina, Uruguai, Bélgica e até Jamaica, a RED STRIPE que sai a R$ 13. Na terra dos Los Hermanos vi a Schneider que sai a R$ 15, o litro. Um dos sócios, o Cesar, me disse ao telefone que tem uma leve tendência pelas cervejas inglesas e destacou a Fuller’s que em 500 ml custam R$ 32 pilas. Uau! Ela é forte e de cor âmbar. Seu sabor é robusto e pede um queijinho gorgonzola. Vai na minha: nós brasileiros temos o paladar viciado nas pielsens e geralmente torcemos o nariz para as mais fortes e já taxamos de azêdas. Por isso, a oferta dessas é maior. O César tem lá uma belga bem saborosa, a Chimay, que sai a R$ 22. Na Mr Beer comprei uma garrafa que foi produzida pela cervejaria Rasen Bier , de Gramado(RS) em comemoração aos 3 anos da marca que está em todo o o Brasil. Peguei a mais fortinha delas. Na foto abaixo, tem também a inglesa OWD Rodger, da Marston’s, também Ale, R$23. E a pequenina é a alemã DAB , leve e bem saborosa.
Façam suas experiências e me contem, que tal?
