Degustando a Vida

Degustando a Vida – Setembro de 2011

Degustando a Vida - setembro de 2011

Amigos leitores,

Com aumento da temperatura tem algo que nos leva imediatamente a pensar em bebidas frescas e agradáveis que possam acompanhar refeições mais leves. Sem duvida o Vinho Rosé se adapta com perfeição a essas exigências.

Versátil como nenhum outro pode ser apreciado com peixes, aves e carnes, massas, molhos de média intensidade e pratos delicados. Quase sempre dotado de boa e refrescante acidez, tem maior corpo e densidade que a média dos vinhos brancos. No entanto suas qualidades nem sempre são reconhecidas. Especialistas e consumidores têm discriminado este tipo de vinho por ter recebido injustamente a fama de ser  de baixa qualidade, inacabado, fácil e sem grande caráter. Apesar disso, nos últimos anos, o bom rosé, que no passado já conheceu tempos de glória (quem não se lembra do Mateus, rosé português que já foi o vinho mais vendido no mundo?), tem reconquistado seu lugar no paladar dos enófilos do mundo inteiro; virou moda nos Estados Unidos, na Europa e promete conquistar o brasileiro. Reunindo muito do que há de melhor em brancos e tintos, o rosé encanta pelos aromas, cores e sabores, demonstrando que pode ser vinho de qualidade e uma excelente escolha para acompanhar momentos descontraídos e alegres.

Produção

O vinho rosé tradicional é feito das mesmas uvas utilizadas na fabricação do vinho tinto. A maceração (esmagamento das uvas), no entanto, não é tão longa, estendendo-se apenas até que se atinja a coloração desejada É  realizada a frio, com a temperatura variando de 6 a 8 graus por um período de 24 horas. As cascas são retiradas do mosto  que é o caldo resultante do esmagamento das uvas. A partir daí, segue-se o ritual adotado para o vinho branco: o líquido vai para uma cuba de aço inoxidável, onde se obtém os aromas frutados e frescos. Devido a este processo os vinhos rosés apresentam a acidez e o frescor dos vinhos brancos, mas contam com maior estrutura por causa da leve carga de taninos obtidos durante o processo de maceração.

Uvas

As uvas mais usadas na produção de rosés são Cabernet Sauvignon, Carmenere, Grenache, Malbec, Merlot, Shiraz e Tempranillo.

Coloração
As cores variam do alaranjado até o púrpura, passando pelo “casca de cebola”, rosa forte, rosa pêssego e cereja, dependendo do tipo de uva e da fermentação.

Aromas

Os aromas frutados, principalmente os de frutas vermelhas, com predominância de morango, cereja e framboesas são os mais facilmente percebidos, além de um toque de defumado, presente em quase todos os rosés devido ao processo de estabilização em cubas de aço inoxidável.

Temperatura de serviço
A temperatura ideal para a apreciação do vinho rosé é ligeiramente superior à dos brancos, variando entre 6º e 10ºC. Alguns vinhos, de mais corpo podem ser apreciados em torno dos 12ºC.
Receba seus amigos e de um charme ao recebê-los com vinho rosé com entradinhas e comidinhas leves…

Ótimo mês e ótimos vinhos,

Um grande abraço,
Alex Passos.

Escreva para mim pelo jornaldorecreio@gmail.com


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