O surfista Rômulo começou esta aventura há cerca de 1 ano, depois de ver uma matéria no Esporte Espetacular. Depois disso, não parou mais de andar na corda bamba. Corda bamba? Fita ?? Vai chamar isso de “cordinha”!? Adeptos e simpatizantes do Slackline não param de crescer no bairro. O esporte vem cativando os moradores do Recreio e já pode ser visto em diversos pontos da orla durante os fins de semana, com suas fitas amarradas a postes e árvores. No site http://slacklinebrasil.blogspot.com/ dá para ver que os mais avançados são ousados e esticam suas fitas em locais bem perigosos e altos, como penhascos e edifícios. Rômulo, por exemplo, é um desses:
“Eu estou num nível médio e já quero outros desafios, como atravessar um pequeno prédio de 3 andares”, frisa. O praticante fez questão de mostrar que já faz tranquilamente quatro manobras, como o 180 graus, But, front e backflips.
Unindo concentração, força e ouvindo Legião Urbana a estudante Cassiandra ensaiava a posição de Buda, sem se incomodar com o que havia em sua volta, mas ao ser entrevistada pelo nosso repórter, se demonstrou bem animada e ainda lembrou um detalhe bem interessante: perde-se cintura e ganha tônus muscular.
“Eu perdi 2 quilos na cintura com a prática” lembra. Os pais de Cassiandra vieram de Vila Valqueire e usam a residência no Recreio para veraneio e não paravam de comentar sobre o esporte, como nos conta seu pai, Andre Luiz de 45 anos:
“Eu vim aqui ver minha filha com mais uma novidade dela. Antes era o surf, que tive que comprar prancha, aulas, e uniforme. Agora, essa fitinha é comunitária e não gasto um tostão”, brinca.
Na verdade , o esporte não é muito caro não. A corda de nylon custa de R$ 200 a R$ 750 e é necessário compra de uma tornoseleira simples, por causa do atrito do pé com a fita, que pode causar pequenas queimaduras, mas nada muito sério. Sério mesmo são os tombos. Neste dia , vimos vários, mas todos sem gravidade já que praticavam na areia. A segunda fita, foi esticada a uma altura de 3 metros . Veja em nosso site um vídeo e mais fotos dos praticantes que encontramos no quiosque da Glorinha num dia de semana e noite bem fria.
“Eu apoio essa galera que é muito bacana. Eles chegam aqui e não incomodam ninguém e ainda fazem amizade. Tem até um senhor de 67 anos aqui”, revela.