Pouco mais de uma semana após o atropelamento de um casal pelo jogador Marcinho, ex Botafogo,na Avenida Lúcio Costa , na mesma altura da via , só que sentido Praia da Macumba, o ciclista Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, foi atropelado pelo motorista do HB 20 , placa de Barra Mansa LSA 2024.
O acidente foi às 5h 40 e Cláudio morreu no local. Ele pedalava todos os dias no mesmo horário. No veículo foi encontrado uma garrafa de uísque e os documentos do capitão bombeiro João Maurício Correia Passos que foi preso por agentes da Polícia Civil e da 2ª seção do Estado Maior do Corpo de Bombeiros horas depois.
João Maurício confirmou na 42ª DP que estava ao volante do HB20 e disse que fugiu “porque teve medo de ser linchado”.
Após a colisão o motorista dirigiu por mais um quarteirão , mesmo com o pára-brisas quebrado os airbags acionado. Na esquina seguinte ele colidiu com o meio fio alto, o que acabou de destruir totalmente a frente do carro. Com o impacto , pedaços do carro foram lançados na via.
A PM já tinha encontrado, abandonados no Hyundai HB20, documentos do militar.
Com o impacto objetos foram lançados vários objetos, inclusive , uma bíblia. Nela estava aberta na página Provérbios 23;24. No versículo 21 diz: “Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza e a sonolência faz de vestir em trapos”.
Esse acidente e o que envolveu o jogador de futebol são exemplos de que o trânsito no país mata mais que o COVID 19. Em 2010 tivemos acesso a uma estatística do Corpo de Bombeiro s e divulgado pela CET Rio onde mostrava que das dez vias mais perigosa do município. Pelo menos cinco se encontravam aqui na região. São elas Av. das Américas, Lúcio Costa , Ayrton Senna, Benvindo de Novaes e Estrada dos Bandeirantes.
No Estado de São Paulo, morreram em decorrência do Covid-19, 23.317 pessoas no ano passado, o que representa, aproximadamente, 25% do total do País. O Portal Estradas comparou a faixa etária dos mortos pelo coronavírus com a de vítimas de trânsito. A conclusão é que o trânsito é, no mínimo, dez vezes mais mortal para os jovens que a Covid-19.
A Seguradora Líder, administradora do Seguro DPVAT, pagou 353.232 indenizações em 2019, sendo 40.721 por morte. Na tabela abaixo, é possível perceber que 68,15% das indenizações pagas pelo DPVAT são para pessoas entre 18 e 44 anos. Já os com 65 anos ou mais representam 4,84%.
