O 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou hoje pela manhã o engenheiro Paulo José Arroenzi a 45 anos de prisão pelo assassinato da juíza Viviane Vieira do Amaral a facadas e na frente das filhas.

O engenheiro e ex marido da vítima cometeu o crime na rua da escola das crianças perto do Bosque da Barraquando ela levava as três crianças para passar o Natal de 2020 com ele .
O engenheiro esfaqueou a vítima 16 vezes e, logo em seguida, foi preso em flagrante por guardas municipais.
O depoimento da avó Sarah Vieira, mãe da juíza , causou comoção a todos no tribunal:
__ Minha neta mais velha me ligou dizendo que o ‘papai’ havia furado a ‘mamãe’ e tinha muito sangue no chão. “, explicou com voz embargada e continuou:
__Eu era a vovó ‘docinho’ , agora , sou a avó que educa. Numa fração de segundos essas meninas não tem mais pai, mãe e nem escola..Olha a vida que minhas netas possuem hoje”, finalizou.

A pena de 45 anos representa a condenação por homicídio quintuplamente qualificado, já que o motivo foi torpe(incorformado coma separação sem volta) , foi pega de surpresa sem chances de defesa, morta na frente dos filhos menores, feminicídio(morta por ser mulher) e meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto que causaram intenso sofrimento à vítima.

Ela atuava na 24ª Vara Cível da Capital
A sentença de Arronenzi, após a decisão do júri, foi anunciada às 4h pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, presidente do julgamento.
Vinicius Vieira do Amaral, irmão da vítima, foi o segundo a depor. Ele explicou que a irmã abriu mão da escolta armada em dezembro e, no mesmo mês, ela foi morta pelo ex-marido.
“Ele queria compensações financeiras. Minha irmã deu R$ 640 mil para ele. Em troca, ele deu a morte para ela. Todas as vezes que penso nela, lembro da cena de terror do dia do crime. Tenho dificuldade de manusear facas. Ele começou a matá-la muito antes do crime e até hoje ele segue matando toda a minha família”, disse Vinicius.

O motorista de aplicativo Márcio Júlio Romeu, que passava pelo local do crime na hora, relatou o que viu. Além dos três, mais duas testemunhas de acusação foram ouvidas: Roberta Borges de Azeredo, melhor amiga da vítima; e Lara Bastos Pinto, testemunha que estava perto do local e filmou parte do ataque.

fonte agencia brasil EBC