Ela está mais Maravilha do que nunca

De Olho no Recreio - Matérias - O que rola por aí? - dezembro de 2020

Ahhh, os anos 1980! Esse que escreve aqui tinha apenas 4 aninhos e achava Linda Carter um ‘estouro” e para ovos seria como assistir ao Programa Silvio Santos aos domingos se deparar com Hellen Ganzarolli.

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Linda Carter como a Mulher Maravilha nos anos 80.

No seriado dos anos 80 o personagem era mais soft. Numa década tão emblemática para diversas gerações sem exaltar o melhor e o pior da nostalgia , a criatividade era abundante, diversão tresloucada, exagero visual e, principalmente, cafonice! Há de se dizer que “Mulher-Maravilha 1984” abraça a breguice oitentista com louvor, porém não em seu visual ou som.

Nesse , sem dar spoiler, a tela “explode” com uma sequência/flashback simplesmente impressionante, passada em Temyscira, lar das Amazonas, revelando a prova de fogo para o treinamento de uma pequena Diana. A heroína Mulher-Maravilha (Gal Gadot) passa seus dias salvando anonimamente os inocentes da cidade de Washington e ainda convivendo com seu eterno luto pelo Cap. Steve Trevor (Chris Pine). Em um de seus embates contra assaltantes em um shopping, uma pedra misteriosa é encontrada e seu poder desencadeia uma série de acontecimentos que resultam na criação de dois super vilões e também no retorno de Trevor.

Toda a trama do filme é pautada pelo conflito entre a verdade e o desejo. Ao receber a dádiva antinatural do retorno à vida de seu amado, Diana precisa lidar com as consequências de seu desejo: a perda progressiva de sua força. Por outro lado, a introspectiva geóloga Barbara Minerva (Kristen Wiig) e o investidor Max Lord (Pedro Pascal) vão perdendo suas “humanidades” enquanto ganham poder.

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Os mais velhos vão curtir a pieguice romântica bonita do casal protagonista, na inocência deliciosamente exagerada e, principalmente, no próprio fato de sua história abarcar com honestidade a maluquice dos poderes da heroína fantasiada, algo que “Superman – O Filme” (1978) fez tão bem.

PS: O filme possui uma cena pós-créditos que não foi exibida previamente para a imprensa.

Em miúdos, durante 2h30, “Mulher-Maravilha 1984” equilibra seu clima otimista de “acredite nos seus sonhos” com uma história típica dos quadrinhos, em uma espécie de gibi de autoajuda que até que cai muito bem após meses de pandemia e isolamento social.

Décadas depois de lutar na Primeira Guerra Mundial, a amazona interpretada por Gadot tenta superar a perda de seu grande amor, o piloto Steve Trevor (Chris Pine), enquanto combate o crime nas horas vagas.

Ah, vá de máscara!

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