
Um sargento da reserva, Geraldo Antônio Pereira, morreu e outras três pessoas, entre elas um ex-policial civil, ficaram feridas depois de serem baleadas durante um intenso tiroteio no estacionamento da academia The Place, dentro do clube Novo Rio Country, no Recreio, na Zona Oeste do Rio.
Segundo testemunhas, o sargento Pereira seria dono da academia. De acordo com informações da PM, um carro estava no estacionamento da academia quando os alvos, que seriam seguranças de Pereira, chegaram com Pereira ao local. Então, homens de preto e encapuzados que estavam no veículo, teriam efetuado disparos de fuzil contra os quatro homens.
Entre os outros baleados está o ex-policial civil Hélio Machado da Conceição, conhecido como Helinho, que era homem de confiança do ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. Além dele, foram baleados Aurelio Gomes Ferreira e José Roberto Pontes Pereira, sem gravidade.

Além de chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins já foi deputado estadual e ficou preso em Bangu, acusado de formação de quadrilha, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, entre outros delitos. À época, Helinho foi acusado dos crimes de formação de quadrilha, corrupcão e lavagem de dinheiro e ficou foragido da justiça em 2008.
Pereira e Helinho foram levados para o hospital Riomar, mas Pereira não resistiu. Baleado com dois tiros no ombro, Helinho estava estável. Os outros dois feridos foram levados para o Lourenço Jorge com tiros de raspão e não corriam risco.
Roberto Miranda, que mora perto do clube e malha na academia, ouviu os barulhos de tiros quando saía de casa. Ele chegou ao local e ajudou a socorrer um dos baleados.
O tiroteio assustou frequentadores do clube. “Vi uma pessoa caída e socorri. Ele estava com tiro no ombro, estava consciente. Colocamos dentro do carro pra colocar no carro de um professor da academia. Só ouvi os disparos, na verdade. Eu estava vindo pro clube, escutei os tiros e nos deparamos com a situação e socorremos. Não é hábito dentro de um clube uma situação dessa a gente ficou assustado. Dizem que saiu um carro disparado. Quando eu cheguei a pessoa tava no chão. Foi cruel”, disse Roberto.