Mais um assassinato no Recreio, dessa vez no Novo Rio

Matérias - maio de 2016

Pânico, tiros, muitos tiros, um morto e dois feridos foram o saldo de violência, mais uma vez, no Recreio. Dessa vez, o cenário foi o estacionamento no então bucólico e até então inofensivo Clube Novo Rio, por onde passam diariamente centenas de pessoas que buscam lazer e saúde. O ex-camping mais famoso da região que hoje abriga uma academia (The Place)  quadras de tênis e quadras de grama sintética  foi palco de uma emboscada até então sem motivo revelado. Para quem ainda não se localizou , o Novo Rio Country Club é aquela simpático clube que fica na rua do Zico, na Rua Miguel Antônio Fernandes.

O sargento da reserva, Geraldo Antônio Pereira, morreu a caminho do Rio Mar para onde foi levado  e outras três pessoas, entre elas um ex-policial civil, ficaram feridas depois de serem baleadas no estacionamento do clube. segundo informações colhidas no local, Geraldo era conhecido como o Geraldinho de Curicica, num possível envolvimento com a máfia das maquininhas de caça níquel.

No local, algumas pessoas informaram que a academia era do ex-sargento. Os policias militares que estavam no local disseram que possivelmente os bandidos que efetuaram os disparam já aguardariam o carro de Pereira que chegou acompanhados das três vítimas, seus seguranças. Os homens estavam de roupas pretas e encapuzados.

No site do G1 a repórter Fernanda Rouvenat disse que entre os feridos estava o ex-policial civil Hélio Machado da Conceição, conhecido como Helinho, que era homem de confiança do ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. Além dele, foram baleados Aurélio Gomes Ferreira e José Roberto Pontes Pereira, sem gravidade.

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Crime aconteceu na academia The Place, no Recreio dos Bandeirantes (Foto: Fernanda Rouvenat)Crime aconteceu na academia The Place, no Recreio dos Bandeirantes (Foto: Fernanda Rouvenat)

Um sargento da reserva, Geraldo Antônio Pereira, morreu e outras três pessoas, entre elas um ex-policial civil, ficaram feridas depois de serem baleadas durante um intenso tiroteio no estacionamento da academia The Place, dentro do clube Novo Rio Country, no Recreio, na Zona Oeste do Rio.

Segundo testemunhas, o sargento Pereira seria dono da academia. De acordo com informações da PM, um carro estava no estacionamento da academia quando os alvos, que seriam seguranças de Pereira, chegaram com Pereira ao local. Então, homens de preto e encapuzados que estavam no veículo, teriam efetuado disparos de fuzil contra os quatro homens.

Entre os outros baleados está o ex-policial civil Hélio Machado da Conceição, conhecido como Helinho, que era homem de confiança do ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. Além dele, foram baleados Aurelio Gomes Ferreira e José Roberto Pontes Pereira, sem gravidade.

Marcas de sangue ficaram no chão do lugar do crime (Foto: Fernanda Rouvenat)Marcas de sangue ficaram no chão do lugar do crime (Foto: Fernanda Rouvenat)

 

Além de chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins já foi deputado estadual e ficou preso em Bangu, acusado de formação de quadrilha, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, entre outros delitos. À época, Helinho foi acusado dos crimes de formação de quadrilha, corrupcão e lavagem de dinheiro e ficou foragido da justiça em 2008.

Pereira e Helinho foram levados para o hospital Riomar, mas Pereira não resistiu. Baleado com dois tiros no ombro, Helinho estava estável. Os outros dois feridos foram levados para o Lourenço Jorge com tiros de raspão e não corriam risco.

Roberto Miranda, que mora perto do clube e malha na academia, ouviu os barulhos de tiros quando saía de casa. Ele chegou ao local e ajudou a socorrer um dos baleados.

O tiroteio assustou frequentadores do clube. “Vi uma pessoa caída e socorri. Ele estava com tiro no ombro, estava consciente. Colocamos dentro do carro pra colocar no carro de um professor da academia. Só ouvi os disparos, na verdade. Eu estava vindo pro clube, escutei os tiros e nos deparamos com a situação e socorremos. Não é hábito dentro de um clube uma situação dessa a gente ficou assustado. Dizem que saiu um carro disparado. Quando eu cheguei a pessoa tava no chão. Foi cruel”, disse Roberto.


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