Policial foi preso após atirar em comerciante por causa de cancela em hotel na Barra

Matérias - janeiro de 2025

O policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão da DRE que matou a sangue frio o comerciante Marcelo dos Anjos Abitan da Silva foi preso nesta terça-feira dois dias após o crime. Os dois tiveram uma discussão na madrugada de domingo por volta das 02h50 por que o carro do policial estava parado em frente a cancela de entrada do Hotel Wyndham  onde o autor dos disparos morava e a vítima estava hospedada com a família. Aliás, segundo parentes, Marcelo alugou as suítes para passar o fim de semana e comemorar o fato do filho ter passado para faculdade de Medicina na Uerj.

Após ser preso, Raphael Gedeão optou por permanecer em silêncio e se manifestar apenas em juízo. Ele será encaminhado para a audiência de custódia. Em nota, a Polícia Civil diz que não compactua com desvios de conduta:

A Polícia Civil reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus servidores. A investigação está em andamento e seguirá obedecendo os trâmites da legislação vigente”, diz a corporação.

Assassinato

O relato de testemunhas e as imagens das câmeras de segurança foram essenciais para a Polícia Civil entender o que ocorreu naquela madrugada.

Empresario E Polical
O policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão á esquerda

Segundo depoimento de um funcionário do hotel à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), instantes antes de ser assassinado a vítima repetia em voz alta:

Pra que isso? Pra que isso?

Marcelo tinha voltado do trabalho, em Madureira, onde possuía uma loja de brinquedos Ki-Lojão. Ao chegar ao hotel, no entanto, não pôde entrar na garagem, porque havia um carro bloqueando a passagem.

Testemunhas disseram que o veículo que impedia a entrada era o de Raphael, policial lotado na Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE). Como não havia atualizado seu cadastro junto á recepção a cncela não avriu de imediato.O policial estava na portaria tentando resolver o impasse mas deixou seu veículo parado na entrada quando o empresário chegou e começou a buzinar por alguns minutos para que o dono tirasse o carro que atrapalhava a passagem.

Segundo a decisão do juiz de plantão Orlando Eliazaro Feitosa, o policial deve ser preso por 30 dias para “para a elucidação dos fatos e conclusão da investigação”. De acordo com o magistrado, “é nítido que a liberdade do investigado afetará a livre colheita de outras provas necessárias ao término da investigação criminal, tais como oitiva de testemunhas, inclusive no que toca especificamente à formalização do seu reconhecimento, sendo necessária também pelo fato de o autor encontrar-se em local incerto e, provavelmente, ainda estar na posse da arma de fogo empregada no crime”.

Em nota, o advogado de Raphael, Saulo Carvalho, afirma que “imediatamente após o ocorrido, o investigado entrou em contato com os órgãos de segurança, a fim de diligenciarem ao local dos fatos e prestarem o devido auxílio à vítima”. Além disso, diz que o agente “colocou-se à disposição da autoridade policial para eventuais esclarecimentos sobre os fatos”.

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