A psicóloga Cristina Geller já sentiu na pele o que é ter que se adaptar a uma cultura nova, outros costumes. Com dupla nacionalidade, a então jovem Cristina passou grandes dificuldades após a separação dos seus pais e ter que viver em outro país, no caso, o Brasil. Passou boa parte de sua vida pensando que usaria seus conhecimentos para ajudar as crianças carentes que vivem na pele as mazelas da vida.
Hoje, procura atender em outro campo. Pela facilidade com a língua inglesa, Cristina Geller percebeu que a região tem recebido muitas empresas multinacionais. São famílias inteiras que se mudam e acabam precisando de um apoio. E por dominar bem o idioma inglês, sua língua materna, ela acredita que muitas barreiras se rompem pela facilidade na comunicação:
__” Olho pela minha janela aqui do consultório e vejo Michelin, White Martins, Shell e tantas outras repletas de executivos e seus familiares desembarcando aqui imergindo numa cultura totalmente diferente da deles. E poder se comunicar bem em inglês acredito que possa deixá-los mais a vontade e se soltarem mais. E percebi isso lá trás quando era professora de inglês e dava aulas para executivos dentro da White Martins , no Centro, e fui realizar o meu sonho de exercer a psicologia depois de madura. A minha vivência aliada ao meu conhecimento e a facilidade com a língua acho que podem ajudar o próximo”, completa a psicóloga.
Atendendo a cerca de 5 anos, Cristina de 51 anos, conta que , hoje, apesar do seu foco ser atingir essa família, 90 % do seu público é o jovem de 20 a 28 anos:
__” Esses jovens que são filhos dos filhos da ditadura não se acostumaram com as frustrações. É a geração é proibido-proibir. Cresceram na cultura-do-pode-tudo-mamãe-
__” Esse trabalho me faz muito bem e os atletas já sentem isso. Como é caso do Ramon Ferreira, de 20 anos, morador de Rio das Pedras. São jovens que vem de uma realidade social bem diferente e precisam ter resultados para continuar a serem campeões, duro ,né? Mas eles estão adorando. Esse ano meu