Degustando a Vida

The gin is Back!

Degustando a Vida - Matérias - janeiro de 2018

É verão, é tempo de mostrar os corpos e de uma certa forma mantê-los. Além da volta do Aperol, a mulherada anda se rendendo aos drinks com Gin. Jura? Juro. Renascido das cinzas dos anos 80 o gin votou à moda nos bares. Esse destilado de zimbro (baga que vem de uma espécie de pinheiro europeu), surgiu na Holanda há cerca de três séculos, quando um médico criou uma fórmula para tratar infecções renais. Porém, quem aperfeiçoou esse bidestilado foram os ingleses. Seu nome seria derivado de genièvre, que significa zimbro em francês.
Mesmo sendo criado na Holanda, o gin só se tornou popular quando chegou à Inglaterra e ganhou mais qualidade na sua produção. Os ingleses, portanto, foram os responsáveis por criar as melhores formulações da bebida que conhecemos até hoje, com sabores e aromas característicos. A fórmula que é engarrafada e distribuída em todo o mundo leva, além do zimbro, algumas ervas e temperos como o milho, a cevada, a canela, o centeio, o coentro e o cardamomo.
Apesar de ter sido uma bebida de grande sucesso na década de 80, o gin caiu em ostracismo com a chegada dos anos 90 e 2000 e a busca por bebidas mais práticas e prontas para beber. O que trouxe esse clássico de volta para as prateleiras de todo o país – e também no mundo – foi exatamente a sua sofisticação, que fez com que a geração de 90 abandonasse a bebida.
O gin é uma bebida que tem como base a fermentação de cereais e alguns produtos destilados, entretanto, os fabricantes costumam fazer suas próprias alterações nas receitas, que permitem a criação de estilos completamente diferentes. Em resumo, o sabor dessa bebida depende diretamente da quantidade de zimbro, ervas, cereais, especiarias e sementes adicionadas à receita do fabricante. Separamos alguns exemplos abaixo:
Clássico: é seco e com sabor predominante do zimbro. Apresenta toques cítricos e picantes.
Cítrico: seu sabor tem notas de laranja, tangerina, limão ou grapefruit.
Aromático: a presença das especiarias é bem forte. Pode ter notas de canela, coentro, cardamomo e noz-moscada.
Herbal: o forte dessa receita é o sabor de ervas como o tomilho, a hortelã, o alecrim e o manjericão.
Floral: desenvolvido com aromas de flores e frutos como a flor de uva verde, o cassis, a violeta e o jasmin.
O gin, assim como o saquê, combina facilmente com petiscos salgados e gordurosos, como tapas. Por isso, faz muito sentido que o estilo espanhol de gin-tônica esteja ganhando força nos restaurantes como o Cata, o Tertulia, o La Boqueria e o Vara, no Brooklyn, aonde vem em uma taça tão grande que mais parece um cálice ibérico com uma pequena casca perfumada de limão descendo pela borda.
The gin is Back!
A Espanha merece parte do crédito pela volta dessas tendências, mas também tem estado na moda todo aquele estilo faça-você-mesmo e artesanal de lidar com os ingredientes. O Per Se, templo culinário de Thomas Keller no Time Warner Center, criou um rebuliço anos atrás, quando começou a oferecer um coquetel misturado com pó de quinina, o ingrediente tradicional usado para preparar água tônica. Mas, como todas as modas, aparecem sem avisar e quando menos se espera desaparecem, sem mais nem menos, o que se fala por aí é que andam misturando vinho do Porto branco com água tônica e um toque de um citrino. Para além de ter um nível de doçura semelhante ao gin, e pelo que consta é mais barato. E você, vai de quê ?

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