Apesar da região ser o ‘paraíso’ das SUVs, os sedãs médios são muito concorridos por aqui, principalmente, os da categoria premium e não é á toa que recebe atenção especial das montadoras. Quem hoje está na faixa dos 40 não invejou o vizinho porque o papai dele tinha um o Opala, Monza e Vectra, carros líderes na época e que hoje perderam para os japoneses e alemães.
O Honda Civic é nacional desde 1998, mas só em 2001 com o lançamento da nova geração ele se tornou o carro mais vendido do segmento que durou até 2003, quando a Toyota lançou a Corolla renovado e também produzido no Brasil. Desde então, eles vem sé alternando na liderança. Em 2006, foi a vez da Honda voltar ao topo e em grande estilo, graças ao New Civic, talvez o maior sucesso de vendas da montadora no país. Agora, a a montadora japonesa quer voltar ao topo com o lançamento do novo Civic 2017, já que atualmente o Toyota Corolla reina absoluto entre os sedans médios.
Construído sobre uma nova plataforma, o novo Civic ficou maior e mais robusto. Ele é 5 centímetros mais largo e 2,5 cm mais baixo que a geração atual. O entre eixos também aumentou em três centímetros, o que garantiu mais espaço para os ocupantes. Agora, o sedã oferece cinco centímetros a mais para os joelhos dos passageiros traseiros. O porta-malas também cresceu e agora comporta 427 litros. O design ficou lindo e com linhas bem diferentes das utilizadas pela Honda Hoje, Ou seja, quem tem um 2016 já vai começar a perder na revenda.
Nos Estados Unidos, em apenas quatro meses, o novo Civic bateu o Audi A3 Sedan e se tornou o carro mais vendido do país, superando até mesmo os dois mais vendidos do país, Toyota Camry e Honda Accord — que lá são considerados carros médios e comprados por consumidores jovens, de 30 a 40 anos (o Civic por lá é, originalmente, carro de “moleque”, tendência que começa a mudar aos poucos). Ele foi apresentado no CEMA nos Estados Unidos e aqui chega no segundo semestre.
Começando pelo desenho, tudo é novo no Civic Touring, representante avaliado da décima geração. A frente se assemelha à do novo Accord, principalmente por causa dos faróis full-LED que “se ligam” por meio de uma enorme barra cromada que atravessa toda a grade frontal.
Os para-choques são bojudos e esportivos.
A silhueta evolui consideravelmente se comparada à do atual. O caimento do terceiro volume na traseira, antes mais conservador, agora dá lugar a um estilo notchback, esportivo e moderno. Essa ousadia de carroceria, aliás, justifica o nomeTouring, que pra muitos pode remeter até mesmo a station wagons.
O novo Civic tem 4,63 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,41 m de altura e 2,70 m de entre-eixos — o atual tem 4,53 m, 1,76 m, 1,45 m e 2,67 m.
Basta olhar os números para perceber que o carro está maior, mais largo e mais espaçoso, apesar de mais baixo. A Honda reposicionou os bancos e conseguiu mais espaço, principalmente para as pernas. E ainda deu para nivelar o porta-malas ao dos rivais: são 530 litros, contra 449 l do anterior.
Por dentro a evolução também é grande: o painel em dois andares some e dá lugar a uma tela em TFT no quadro de instrumentos — herança do atual Civic Type R.
O console central ganha molde ao estilo HR-V, dividido em duas partes (na parte de baixo a Honda posicionou as entradas USB, auxiliar e HDMI). O painel traz uma tela tátil colorida de sete polegadas fácil de mexer e intuitiva, mas que fica bem próxima aos comandos do ar-condicionado, criando certa confusão — é comum usar o botão giratório que aumenta e diminui a temperatura na expectativa de alterar o volume do sistema de áudio, por exemplo.
Fora isso, o Civic Touring traz lista de equipamentos bastante completa, semelhante às dos rivais alemães de luxo.
Abaixo os preços atualizados de todas as versões do Honda Civic:
• LXS MT – R$ 74.200
• LXS CVT – R$ 77.200
• LXR CVT – R$ 81.900
• EXR CVT – R$ 91.900
• SI – R$ 124.000