Degustando a Vida

Degustando a Vida – Agosto de 2013

Degustando a Vida - julho de 2013

Participei de uma reunião com os integrantes do futuro Polo Gastronomico do Recreio no Meia Tigela, restaurante  simpático que fica atrás do Barra Lite, bem perto da Benvindo de Novaes.  Lá, o gerente comercial da Olisur, Sandro Passos , nos deu uma aula sobre seu novo produto: azeite OLIVE  e o da linha Premium, Santiago. Antes de dedicar a coluna desse mês ao assunto, já vinha com vontade de falar sobre azeites, desde o dia em que fui ao cinema do Rio Design e vi nas prateleiras as opções de azeites aromatizados para colocar na pipoca.

Escolhi o de alecrim para usar na pipoca salgada. A experiência foi “maiomeno” , confesso. Não por causa do azeite, mas sim, porque a pipoca é para ser degustada crocante, colocar o azeite em cima não foi das melhores experiências. Mas, valeu porque fiquei curioso e tentei entrar no universo. Esse, em especial, é de uma produção caseira e vem da Tijuca, se chama Mamma Olive. Tem os aromas alecrim, alho frito, manjericão, laranja, trufado, enfim, para todos os gostos. Guardei o frasco e já usei no fim de  semana seguinte. Adorei. Aprendi que o produto é altamente perecível e deve ser consumido em , no máximo, três semanas, por causa da contaminação por bactérias, que é possível, Daí, uns cuidadinhos com esterilização do frasco e tudo mais, caso queiram fazer em casa.

Use ingredientes preservados. Muitas vezes você pode encontrar o azeite com alho no frasco e comercialmente este alho é conservado em uma solução de vinagre antes de ser adicionado ao azeite. Esta solução de vinagre é quatro vezes mais forte que o vinagre doméstico, evitando que o elemento adicionado seja uma fonte potencial de crescimento de bactérias. Um meio ácido ajuda a prevenir o crescimento das bactérias. Quem gosta de experimentar pode tentar criar o seu em casa. Vi na internet várias formas e receitas diferentes. Mas vamos voltar a palestra sobre o azeite chileno.

Grande parte do mundo ainda desconhece o talento chileno na produção de azeites de oliva. O país mais conhecido por seus vinhos e, mais recentemente, seu salmão, está investindo muitas fichas em rótulos que chegam às gôndolas com qualidade e preços competitivos, equiparando-se aos melhores do mundo. A produção no país é recente e a Olisur está apenas sete anos no mercado mas pensa grande e deseja ampliar suas plantações que hoje beira os 3 mil hectares, sendo a metade só de oliveiras!! No Chile, o tipo extra virgem representa 100% da produção de azeite. O Olive e o Santiago já chegam com 0,2 de acidez e o diferencial é ter azeitonas plantadas, colhidas e fabricadas apenas em sua fazenda, sem ter  recebido de um produtor local. Isso influi porque todas são selecionadas, sem perder a qualidade e o blend. E o Galo e o Borges , por exemplo, para fazer em alta escala, tem que recorrer aos pequenos produtores e dar vazão a demanda, mesmo que comprometa um pouco o resultado final. Resumindo, o Olive mantém um perfil organoléptico, que é o nível de aroma, acidez e sabor. Esse  cuidado maior na colheita privilegia as azeitonas ainda não completamente maduras. Nessa fase, elas estão esbanjando polifenol, um antioxidante extremamente benéfico ao organismo, que eleva o bom colesterol (HDL) e reduz o colesterol ruim (LDL). Seu efeito antioxidante cria um escudo contra doenças cardíacas, além de retardar o envelhecimento das células. Na boca, trazem baixos índices de acidez – um produto fresco, com equilíbrio ideal de amargo e picante, mais aromático e de maior vida útil. No Planeta do Chopp, no Buteco Tradicional e na Toca da Traíra, já dá para provar desse azeite, mas nos principais supermercados já tem também. Me enviem suas experiências por email. Opine, contribua.


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