ATOR ESCREVE, DIRIGE E ATUA NA BARRA AO LADO DE REVELAÇÃO DA TV
Entre papéis densos, vilões e muita emoção Carlos Vereza conquistou prêmios e carinho do público. Quem não se lembra de Miro, de Selva de Pedra, ou o malvado Montserrat, de Direito de amara, ou o apaixonante Senador Caxias de Rei do Gado. Longe dos palcos há duas décadas , Vereza estréia no Suassuna da Barra ao lado da jovem e linda atriz Caroline Figueiredo, destaque recente da TV, após sucesso em Malhação em 2007. Na pele de um cinegrafista frustrado, Vereza escreveu, dirigiu e atua nessa peça. Aproveitando sua farta cultura e preocupado com os rumos de nossa política, fomos mais além nessa entrevista antes de O TESTE:
1 – Por que a Barra da Tijuca para estrear O TESTE?
R: Não houve premeditação. Mas de qualquer modo, acho instigante, encenar um texto que levanta questões, tais como a geração Ipod, a geração dos postos de conveniência, entre outros temas.
2 – Como foi a concepção do roteiro? Chegou a ouvir histórias de bastidores ou vivenciou alguma??
R: O Teste, é uma peça que transcende o sentido literal do título. São os vários testes a que somos submetidos na vida!
3 – Essa cultura exagerada pelo belo, pelo jovem, pelas formas perfeitas que de uma certa forma cria um mundo quase irreal tem a ver com o tema?
R: O Teste, é o encontro de um câmera frustrado com uma candidata diferenciada que causa uma profunda transformação na vida dos dois.
4 – Ao que parece você é um crítico às fontes de informação na internet, que em geral , não checam nada, como o Wickpédia, como é isso?
R: Nada contra a internet, mas prefiro os livros.
5 – No seu Blog, você se demonstra um crítico “ativo” quanto às ações do Governo e de até governos antigos, como o do Fernando Henrique. Como você vê o Brasil para os próximos anos?
R: Não creio ter criticado Fernando Henrique Cardoso, a quem considero o melhor presidente que tivemos. Com o apoio de Itamar Franco, organizou uma equipe, que apresentou como resultado a queda da inflação, e a criação de uma moeda,o Real. Quanto ao Lula…Um lamentável demagogo, que durante 25 anos pregava a moral e a ética na politica, e tornou-se o chefe do maior escândalo de corrupção na história do país: o Mensalão!
6 – Você veio do subúrbio do Rio, Madureira, bairro carioca tradicional de samba, com 3 grandes escolas, e hoje reside aqui na Barra, sentiu muita diferença?
R: Na minha época, o subúrbio, não apresentava muitas perspectivas para quem pretendesse seguir uma carreira artística. Do ponto de vista como morador, havia uma maior solidariedade com os vizinhos, ao contrário da Barra, onde quase tudo se passa, ou em condomínios fechados, ou em Shoppings. Mas é sem dúvida um lugar aprazível, para se viver.
7 – Qual papel que guarda no coração?
R: Miro, da novela Selva de Pedra, de Janete Clair.
8 – E o mais difícil de construir?
R: Todos. São fragmentos da minha vida.
9 – Você fez vilões memoráveis, papéis inesquecíveis, quem o público mais lembra quando o aborda, talvez o Senador Roberto Caxias, de Rei do Gado(1996) ou o Monserrat banqueiro de Direito de Amar?
R: Monsserat, da novela Direito de amar, de Walter Negrão.
10 – Militou por muitos anos no Partido Comunista, como enxerga o partido no cenário político atual?
R: Não tem nada a ver com o Partido Comunista no qual militei. O atual, é puramente fisiológico!
11 – Hoje grandes nomes do passado que sofreram e participaram da luta armada ocupam cargos expressivos no governo. Vamos citar o posto máximo, a presidência, por que um PIB de 1 % para um país que produz tanto que tantas possibilidades de crescimento. O que falta ao Brasil?
R: Falta o povo se organizar como faz no carnaval e nas torcidas de futebol, e votar com consciência, para tirar esta quadrilha travestida de partido politico do poder!
12 – Com a sua experiência ainda dá frio na barriga diante de uma estréia?
R: Não. Mas sempre uma emoção, por maior tempo de profissão que se tenha.
13 – Você é músico também, tem praticado flauta? Você seria o nosso Woody Wallen já que ele toca sax?
R: Não, sou apenas um ator que toca flauta, porque é um instrumento que me harmoniza.
14 – Quando veremos o talento de Vereza das telas do cinema ou da Televisão?
R: Não sei. Não depende só da minha vontade.
SERVIÇO:
Teatro Ariano Suassuna, Barra da Tijuca Av. das Américas, 2603 – (21) 2439-8002
Às sextas e sábados às 21h e domingo às 19h
Ingressos: R$ 50 (inteira) – R$ 25 (meia), domingo 20h:
Estreia – 5 de abril de 2013 às 21h
temporada até 28/05
