No início, a discussão era sobre se um condomínio do ‘Minha casa Minha Vida’ iria afetar a vida dos moradores da região. Afinal, o morador daqui com a constante falta de apoio da administração pública estaria em maiores dificuldades e os problemas somente iriam agravar ainda mais a situação com a vinda de milhares de pessoas de uma só vez.
Buracos nas vias, falta de calçamento na Benvindo de Novaes, poluição frequente no nosso complexo lagunar, falta de poda e o aumento populacional dos mosquitos são reclamações constantes dos moradores há anos, ou melhor, há décadas.
Após a primeira reunião em que participou o então secretário de Habitação Nilton Caldeira no ano passado na sede da AMOR(Associação dos Moradores do Recreio) o problema parece ser maior. Na verdade, estão previstos não somente um, mas três condomínios populares. Um seria em Vargem Grande, no terreno do antigo parque Aquático Wet’n Wild e já tem até nome, Residencial York 1 e 2 com capacidade para 360 e 280 unidades respectivamente. O terceiro seria na Célia Ribeiro da Silva Mendes.
Segundo informações passadas ao vereador Carlo Caiado, os números são bem diferentes dos anunciados mas mesmo assim a Caixa Econômica informou ter dois novos empreendimentos em análise nos bairros para atender a faixa de famílias com renda bruta de R$ 2.600 a até R$ 4 mil.
Em entrevista mês passado ao Globo, o vereador se disse perplexo já que o Recreio e as Vargens estão com PEU(Planejamento de Estruturação Urbana)
aprovado há um tempo mas está congelado: __O que faz levarem o ‘Minha Casa Minha Vida’ para um local sem condições urbanísticas?”, frisou.
Vale lembrar que centenas de condomínios da região não tem situação regular, como o ‘Habite-se’, junto à Prefeitura e estão há muitos anos na fila de espera para uma situação definitiva.
Segundo especialistas, criar guetos para ricos e pobres viverem e que não se comunicam se produz a anticidade e não se vive com qualidade e harmonia. Não adianta construir em escala asiática.
