Se você parar e conversar com qualquer morador antigo do Recreio , vai ouvir uma história ou outra de ataques de jacarés . Uma é de que uma criança pequena já sumiu, ou uma outra de que um cachorro foi engolido. Quando essas lendas surgem, aparecem fotos e vídeos como um jacaré com metade de um braço na boca aparentemente feliz da vida. Esse caso em específico foi no Pantanal distante quilômetros do Recreio e foi o corpo de um afogado morto há dias e aí, não teve jeito. Corpos por afogamento , primeiro vão para o fundo, local que os animais adoram e depois incham e aparecem no espelho d’água, se tornado uma carcaça qualquer para aquela cadeia que se alimenta desse tipo de matéria. Dessa vez, a polêmica foi aqui , de um animal andando tranquilamente nas areias e que a postagem de um morador dizia ser na Macumba. Pesquisando o perfil do morador deu para ver que a maioria das postagens dele é ou tem pitadas de humor. E ele até acrescenta na legenda :” Evitem SURFAR SEMPRE na praia da Macumba.!!
Não deixem seu marido ou namorado, ou até você mesmo, surfarem lá… Rs(sic)”, Com as chuvas eles aparecem mais . (sic) Mas mesmo sem chuvas eles TODA HORA aparecem na água ou na areia Rs”, finaliza.

Sem querer dar uma de detetive virtual do Fantástico, fomos a um doutor no assunto, Ricardo Freitas, biólogo e há 20 anos estuda o comportamento desses animais, através do Instituto Jacaré, o Dr. Jacaré, como é conhecido explica:

__Aquele ao que parece na foto é um crocodilo cubano, típico da América Central. A facilidade de saber onde é se trata pela distribuição conhecida dentre as espécies. E como especialista conheço bem as 24 espécies de crocodilianos existentes no mundo e sua devida distribuição “, explica Ricardo . O biólogo lembra que essa falta de informação compromete a vida dos animais entre a sociedade contribuindo para a permanência e ingnorância sobre o asusto.

Os comentários após a postagem só aumentam e cada fala o que quer , até relatos de jacarés na água salgada na Ilha do Governador. Se é verdade ou não , o melhor seria não aumentar o ódio ao habitante natural e mais antigo da região.
O Instituto Jacaré se mantem com doações e muita dificuldade . Tem quase a população de jacarés do complexo lagunar da região e precisa nesse momento de um motor de poupa de 4HP para seguir no monitoramento e estudos sobre o jacaré-de-papo-amarelo que não ataca ninguém diga-se de passagem.
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