Fechou a Citroen da Barra da Tijuca

Os proprietários de Citroen estão muito preocupados. Depois de fechar a unidade que funcionava próximo ao Barra Bali, dessa vez, fecharam juntas as concessionárias da JAC Motors e Citroen da Avenida das Américas . Ali, está um cartaz avisando para se dirigirem ao número 15.103, no Recreio. O local fica ao lado do Santander onde funcionou até ano passado uma concessionária Hyundai. Só que fomos lá e verificamos que ali atende somente JAC. A situação já é um reflexo do “divórcio” de Sérgio Habib, dono de duas das três concessionárias da marca francesa no Rio e o grupo PSA Peugeot Citroën que restavam abertas.
Fecharam nesse tempo as revendas Citroën Versailles (em Botafogo) e Saint Germain (na Barra), ficando apenas revenda Roma (na Tijuca), que não pertence ao Grupo SHC, de Habib e não realiza nada de funilaria. A cisão encerra uma etapa da história da Citroën no Brasil. Na época da reabertura das importações foi Habib quem trouxe a marca francesa de volta ao mercado, por meio da importadora XM. Além de importar os automóveis, Habib também traçava todas as estratégias de marketing. Chegou a ter 44 concessionárias da marca o que fazia dele o maior vendedor de Citroën do mundo. Em 2000, quando o grupo PSA decidiu construir uma fábrica em Porto Real (RJ) e assumir as operações no país, Habib foi nomeado presidente da Citroën do Brasil, cargo que manteve até 2008. Com a vinda da JAC trazida por ele o casamento azedou de vez. Em 2011, foram emplacados no Brasil 90 mil carros — destes, 75 mil foram vendidos por concessionários e 15 mil saíram em vendas especiais feitas diretamente pela PSA (para frotas e pessoas com deficiência). Em 2017, dos 23 mil Citroën emplacados no país, uns 10 mil foram por vendas diretas. O grupo PSA, por sua vez, está processando Habib por infringir a Lei Renato Ferrari, que regula o setor de venda de carros novos. O fabricante acusa Habib de pôr carros da JAC em concessionárias que deveriam vender exclusivamente Citroën e Peugeot.