Nas cinzas, vieram as gigogas

Matérias - fevereiro de 2020

Com as ‘cinzas’ do fim da folia oficial chegaram um mar de gigogas e lixo na orla da Barra e parte do Recreio. Segundo informações da Comlurb já recolheu 118 toneladas da planta na Praia da Barra.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que as plantas não causam mal à saúde.

O biólogo Mario Moscatelli afirma em sua rede social que as plantas trazem muito lixo e podem conter materiais perigosos, como pedaços de vidro. No facebook ele até postou uma matéria de O Globo de junho de 2019 mostrando esse mesmo problema. Na terça-feira, uma cobra foi encontrada entre as plantas.

As gigogas, que se proliferam rapidamente quando há despejo de esgoto, alcançaram a praia por conta das chuvas e dos ventos dos últimos dias. Quem mora na região diz que o volume de plantas aumentou drasticamente.. A única ecobarreira das lagoas da Tijuca, de Jacarepaguá e de Marapendi não foi suficiente, e, apesar do esforço de garis, ontem elas continuavam avançando por canais e tomando a areia. Mas ela fica na região do Itanhangá. Porém no canal Rio Morto existe essa barreira.

Eco

Na maré baixa, se não houver uma barreira eficiente para segurar essas plantas nas lagoas, elas chegam à orla da Barra. E, dependendo da quantidade, podem atingir também as praias da Zona Sul. Infelizmente, não podemos dizer que se trata de uma situação nova para a cidade — disse o biólogo Mario Moscatelli, especialista nos ecossistemas da região. Desta vez, o que mais me impressionou foi a enorme quantidade de lixo misturado às gigogas. É um perigo para os banhistas porque há de tudo, até agulhas, seringas e cacos de vidro, co,mentou o biólogo na matéria de 2019.

Portanto, nada mudou.

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O Bom dia Rio mostrou ao vivo com imagens do Globocop , o aparecimento das gigogas

A despoluição do complexo lagunar de Jacarepaguá fazia parte do caderno de encargos dos Jogos Olímpicos. No entanto, o projeto, que foi orçado em R$ 673 milhões e tinha como um de seus objetivos a dragagem de 5,7 milhões de metros cúbicos de dejetos (quantidade suficiente para encher sete Maracanãs), acabou sendo abandonado.

Por Guilherme Pereira

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