Você gosta de Denzel Washington? Imagino que sim. E se gosta quando ele encarna aquele justiceiro que enrola os bandidos e os entrega para a polícia, Só que , a frente do personagem , está um ator de primeira linha ganhador de OSCAR, Denzel.
O Robert McCall tem seus fantasmas do passado e são muito mais lembranças do luto do que necessariamente assombrações de um ofíciol. McCall permanece segue em O Protetor 2 com com seus trejeitos característicos, o carisma que transpira nos sorrisos e nas broncas, o jeito pastoral de discursar.
O filme segue na pregação central, e isso aparece em vários momentos em que o ‘mal’ é associado ao pecado e espreita e corrompe os pobres de espírito. Numa cena, por exemplo, um passageiro do táxi de McCall recorre à Bíblia para não sucumbir à bebida. O próprio Denzel surge em cena lendo Ta-Nehisi Coates e vestido de muçulmano na sequência do trem na Turquia, o que logo de cara já evoca as trajetórias cruzadas do Islamismo e do movimento negro americano para reivindicar uma primazia da correção moral.
O Protetor 2 adapta e atualiza questões sociais, defende as minorias num novo contexto (não apenas os desfavorecidos, mas principalmente os alvos de ódio, como os imigrantes árabes), mas o discurso não muda: Denzel bate na porta de traficantes para não deixar os garotos fugirem da escola, dá sermão e indica livros, com os olhos marejados.
Vale o ingresso temos se você quer ver um McCall como a figura do pistoleiro solitário à John Wayne, fadado a realizar seu trabalho civilizatório e moralizante até o fim dos seus dias (os planos finais de McCall sentado diante da janela na casa da praia evocam de John Ford a Clint Eastwood).
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