Rambo estreia na região

Matérias - O que rola por aí? - setembro de 2019

Quando Sylvester Stallone decidiu fazer o primeiro filme sobre Rambo já era uma celebridade do cinema . Afinal já tinha vivido a pele do lutador Rocky Balboa em duas oportunidades e já era um astro de Hollywood. “Rambo – Programado para Matar” foi um longa de baixo custo e mostrava pela primeira vez o veterano da guerra do Vietnã e seus fantasmas , tentando sobreviver numa pacata cidade de Seatle e esbarra num sherife durão que se empomba com ele.

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Muios anos depois, muitas bombas e mais quatro filmes , Rambo brigou com a URSS (para os mais novos União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) com a Coréia do Norte, voltou pro Vietnã até dar um tempo.

Sly passou a escrever seus próprios filmes , além de dirigir. Voltou a escrever sobre Balboa e sempre disse desejar na caixa do “Rambo” até chegar a esse filme que vale a visita.


“Rambo — Até o fim” é o quinto longa (e parece ser o último) da franquia , mas que aqui consegue recuperar as boas ideias do primeiro filme. Além de atuar, Sly é corroteirista de uma história pensada por ele que apresenta Rambo envelhecido, ainda tentando fazer as pazes com seu passado, e enfrentando um cartel que comanda uma rede de prostituição no México com o objetivo de resgatar sua sobrinha, numa clara alusão ao clássico “Rastros de ódio”, do diretor John Ford. O tem é bem atual em tempos de Trump-quer-o-muro e por mais que a figura de John Rambo logo evolua para um homem que simplesmente não pode ser parado, aqui ele é muito mais parecido com o John McClane de Bruce Willys na franquia Duro de Matar do que com o próprio Rambo dos filmes seguintes. Trata-se de um herói – ou anti-herói, como queiram – humano, cheio de fragilidades, mas que, uma vez acuado, não arreda o pé até ver a justiça ser feita de seu jeito. A ação é sim importante e toma grande parte da curta duração da fita, mas ela fica em segundo plano se compararmos com a importante crítica social que é abordada no romance de Morrell e que é trazida quase intacta para a adaptação co-escrita por Michael Kozoll, William Sackheim e pelo próprio Stallone: o quanto uma guerra mal conduzida acabou afetando a percepção da população sobre seus próprios soldados, injustamente transferindo a eles sua ojeriza pelo acontecido.

Não gosto de spoilers mas esse Rambo não mata ninguém, a não ser um policial e, mesmo assim, indiretamente, depois de arremessar uma pedra no vidro do helicóptero onde ele estava empoleirado para alvejá-lo com uma espingarda de caça. Clara legítima defesa que o leva a, ato contínuo, tentar entregar-se, mas que os policiais, vendo apenas a morte do colega, não conseguem aceitar. Ou seja, a condução da narrativa obviamente nos coloca do lado de John Rambo, permitindo que nos compadeçamos por seu martírio e compreendamos suas ações. Fica, lá no fundo, a impressão que ele está agindo erroneamente, mas, na superfície, é evidente que não lhe é dada outra opção.

Assim como o quarto capítulo, esse filme busca exaltar o heroísmo de seu protagonista através de efeito de comparação com cenas de violência exploratórias, aqui sofridas por sua protegida Gabriela (Yvete Monreal) nas mãos dos vilões que a sequestram. Na pior tradição de um cinema de vingança, com cenas repetitivas de violência física e abuso sexual direcionados às mulheres, o roteiro do próprio Stallone com Matthew Cirulnick mais parece emular um capítulo perdido da série Desejo de Matar, em que a catarse final da retribuição é associada ao volume de violência sofrida pelos entes queridos.

Dá até vontade de pegar na minha gavetas de brinquedos antigos minha antiga faca do Rambo que pedi de natal quando criança e minha faixinha para colocar na cabeça, o problema , é que não tenho mais cabelos.

Cinesystem Cinemas – MapaLegendado em português2D16:3519:0521:30

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Programação Cinemark

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